sábado, 10 de novembro de 2012


A lesão ocorre em uma proeminência óssea do Fêmur denominada grande trocanter. Nela se insere o músculo glúteo médio, responsável por evitar a queda da Bacia quando o membro contra-lateral está elevado no ar, dando um passo para frente.

Para auxiliar o Glúteo médio, uma forte estrutura fibrosa localizada na porção lateral do quadril, denominada fáscia lata passa rente ao Grande trocanter. Entre e
stas estruturas, uma bolsa contendo um líquido viscoso chamada bursa trocantérica evita a fricção e o atrito excessivo entre elas. Logo abaixo do grande trocanter, insere-se o tendão do músculo glúteo máximo, um potente extensor do quadril. Durante a marcha, este tendão joga a bursa contra o grande trocanter, aumentando sua pressão, predispondo a irritação e inflamação.

Por que desenvolvi este problema?
A bursite trocantérica é uma reação inflamatória da bursa trocantérica que atinge mais frequentemente mulheres dos 40 aos 60 anos e os sintomas ocorrem quando a fáscia lata a comprime contra o grande trocanter. Geralmente, isso ocorre quando a coxa se encontra flexionada, quando a pessoa está andando ou correndo. No início, dói apenas durante a prática esportiva, mas, pode haver progressão, doendo também ao repouso e irradiando para o terço médio da coxa.

Fatores de risco para o desenvolvimento da bursite trocantérica são:

- Encurtamento de fascia lata
- Encurtamento do tendão do músculo glúteo máximo
- Fraqueza do músculo glúteo médio
- Diferença de comprimento entre os membros inferiores
- Doença pré-existente da coluna vertebral : artrose, escoliose, hiperlordose

Atividades físicas que podem desenvolver a doença são: a corrida, o ciclismo, triatlon e, eventualmente, alguns exercícios na musculação, pois são atividades de esforço repetitivo e podem desencadear os micro-traumas de repetição, ou lesões por overuse. Esportes de contato podem causar a bursite de maneira súbita após queda sobre o grande trocanter. Isso se dá devido à hemorragia na bursa, aumento de volume e, consequentemente, aumento da fricção local.

TRATAMENTO
A grande maioria das pessoas se beneficiam com o tratamento de fisioterapia, onde o trabalho de melhoria de força, flexibilidade de rotadores de quadril, treino de coordenação motora e reeducação da postura global aliviam sintomas e previnem a recidiva.
Em alguns casos, onde a dor persiste durante o treino, uma infiltração de cortisona de depósito diretamente na bursa é um instrumento valioso para o alívio de sintomas.
A cirurgia para o tratamento da bursite trocantérica é extremamente rara. Quando indicada, é realizada a retirada de bursa, ou qualquer abaulamento e espícula óssea que pode ter causado a doença.
Após melhoria de sintomas e retorno gradual ao esporte, é imprescindível que a prática esportiva seja acompanhado por um treinador, pois a técnica inadequada de treino é, de longe, a grande responsável pela fricção anormal da bursa e desenvolvimento de sintomas.
 — com Vania Silva eErika Laurindo.

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