Após a Lipoaspiração, exercícios são recomendados para manter o corpo saudável e bonito
- at 13 DE JUNHO DE 2012
- by ADMIN
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Estudos demonstram os efeitos deletérios do corpo que não foi exercitado após uma lipoaspiração.
A lipoaspiração é considerada o procedimento cirúrgico estético mais popular nos Estados Unidos e no mundo, envolve a aspiração das células de gordura subcutânea, aquelas que se acumulam logo abaixo da pele. Mas para obter benefícios duradouros, um novo estudo sugere que as pessoas precisam se exercitar. Caso contrário, arrisca-se a recuperar a gordura perdida durante a cirurgia, um resultado que tem o potencial de torná-lo menos saudável do que até mesmo antes da operação.
Para o novo estudo, que aparece no The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, os pesquisadores da Universidade de São Paulo no Brasil recrutaram 36 mulheres saudáveis, com idades entre 20 a 35, que não se exercitaram regularmente durante os seis meses antes do início do estudo. Todas eram do peso normal, mas de bom grado ofereceram-se para ter dois e meio a três quilos de flacidez abdominal, removidos através de lipoaspiração.
Apesar da popularidade do procedimento, tem havido sugestões que não se pode reduzir permanentemente as bolsas de gordura corporal. Cirurgicamente, extirpando bolsas de gordura de roedores, por exemplo, quase sempre acabava na troca da gordura, depois de alguns meses ou um ano, embora nem sempre acontecia na mesma área de onde havia sido removido.
Em vez disso, os animais, muitas vezes com a gordura abdominal, criavam o que é conhecido como gordura visceral, um tecido gorduroso que fica em torno de órgãos, produzindo e liberando substâncias bioquímicas conhecidas por aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes. Em vários estudos, a gordura visceral tem sido demonstrada ser significativamente mais fisicamente prejudicial do que a gordura subcutânea.
Sendo assim, a lipoaspiração parece levar o organismo a produzir mais gordura visceral. No ano passado, em um estudo pioneiro realizado por pesquisadores da University of Colorado Denver Campus Medical Anschutz, mulheres que tinham feito lipoaspiração na gordura subcutânea em coxas e abdômen recuperaram toda a gordura dentro de um ano, e parte dessa nova gordura virou visceral.
“A mensagem de nosso estudo foi que a gordura corporal é muito bem defendida”, diz o Dr. Robert H. Eckel, professor de medicina na Universidade do Colorado, Denver, que supervisionou o estudo.
Os resultados do estudo brasileiro foram semelhantes, com uma torção significativa. Nos primeiros quatro meses após a cirurgia, metade das mulheres tinha recuperado a gordura, especialmente gordura visceral. Eles tinham, de fato, aumentado seus estoques de gordura visceral em cerca de 10 por cento, em comparação a antes da cirurgia.
Os que ganharam gordura também tiveram espontaneamente, sem qualquer intenção ou desejo de fazê-lo, diminuição dos níveis de atividade cotidiana. Eles estavam se movendo menos do que antes da cirurgia, que, segundo os pesquisadores, quase certamente contribuiu para o ganho de gordura visceral.
Em metade do grupo, no entanto, não foram detectados estes efeitos indesejáveis. Estas foram as mulheres que haviam sido designadas para começar a se exercitar. Durante quatro meses após a sua cirurgia, essas mulheres trabalhavam fora três vezes por semana durante as sessões de exercício supervisionado, caminhada ou corrida em uma esteira por cerca de 40 minutos e depois realizavam o treinamento com peso.
As mulheres que se exercitaram posteriormente recuperaram pouca gordura, sendo essa, nenhuma gordura visceral nova. Elas também se moveram mais do que antes da cirurgia, graças às sessões de exercício. Mais o menos esperado era que elas não compensassem esse gasto energético adicionado por serem mais sedentárias em outros momentos durante o dia.
A lipoaspiração, os autores do estudo concluíram, pode, potencialmente, “desencadear um aumento compensatório de gordura visceral, que é efetivamente combatido pela atividade física.”.
Os pesquisadores acreditam que a lipoaspiração produz gordura abdominal mais profunda porque a “lipoaspiração leva a uma destruição arquitetônica das células de gordura subcutânea”, diz Fabiana Benatti, pesquisadora da Universidade de São Paulo que liderou o estudo.
A lição é clara. “Eu acredito que a escolha à lipoaspiração é tão importante, se não essencial, quanto ao exercício que essa pessoa irá fazer após a cirurgia”, diz Dr. Benatti.
Dr. Eckel, da Universidade de Colorado enfaticamente concorda. Os estudos em animais em seu laboratório, diz ele, têm mostrado que o exercício após a perda de gordura, se essa perda foi conseguida através da lipoaspiração ou da dieta, permite que o cérebro à redefinir a sua noção de quanto o corpo deve pesar.
O exercício também estimula o corpo a contar mais com gordura como combustível. “A gordura é queimada”, ressalta ele, “e não é armazenada. É muito simples. “.
Infelizmente, no momento, o exercício parece ser raro entre aqueles que já optaram pela lipoaspiração. Isso porque muitos esperavam que o procedimento fosse, por si só, fornecer permanente, sem esforço a reformulação do corpo, ou simplesmente porque ninguém sugeriu que eles deveriam exercitar-se após a operação. “Mas pelo que tenho ouvido por parte dos cirurgiões plásticos”, diz Dr. Benatti, “as pessoas não costumam exercitar-se após à lipoaspiração”, e que a situação “pode levar a efeitos deletérios a longo prazo.”.
Fonte: The New York Times
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