GANSO REVELA: FIZ FISIOTERAPIA ATÉ DE MADRUGADA! 18/06/12 ...Fiz tratamento até de madrugada. Acordei, fiquei um pouco sem sono e pensei: Vou aproveitar e mandar gelo. Isso 2h ou 3h da manhã...

A escalação do meia Paulo Henrique Ganso na primeira partida da semifinal da Copa Santander Libertadores, na última quarta-feira, na Vila Belmiro, surpreendeu a todos. Apenas 19 dias depois de ser submetido a uma artroscopia no joelho direito, o camisa 10 voltou a campo e atuou por 90 minutos, contrariando médicos e especialistas, que previam o retorno em, no mínimo, 26 dias. Porém, a recuperação em tempo recorde não foi por acaso. O Maestro se internou no CT Rei Pelé e intensificou as sessões de fisioterapia, que aconteceram até no meio da noite, como revelou o jogador ao LANCENET!: - Fiz tratamento até de madrugada. Acordei, fiquei um pouco sem sono e pensei: Vou aproveitar e mandar gelo. Isso 2h ou 3h da manhã... Recuperado e sem dores, o meia contou ao LNET! detalhes de sua recuperação, admitiu ter decidido que enfrentaria o Corinthians no dia do jogo e negou que tenha tido medo de entrar em divididas. Confira o bate-papo com Ganso: Conte como foi o período em que se internou no CT? Assisti bastante filmes para passar o tempo, distrair a cabeça, mas queria voltar logo, tanto que fazia fisioterapia até no meu quarto. Quando não estava fazendo aqui, no Cepraf (Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol), estava fazendo no quarto, com gelo no joelho, fazendo de tudo para voltar o mais rápido possível. Quando decidiu operar, acreditava que jogaria o primeiro jogo da semifinal?Não, não tinha esperança alguma. Estava fazendo a preparação para voltar para o segundo jogo. Mas, com o passar do tempo, fui muito bem na fisioterapia, a recuperação foi crescendo gradativamente, foi muito rápido e comecei a ter aquela esperança. Só pensei em fazer muita fisioterapia para voltar. E quando teve a decisão de que iria jogar?Foi no dia do jogo. Fiz dois treinos com bola, pra ver se sentia alguma coisa, fui tranquilo, mas ainda com aquele receio...sem aquela confiança total. No dia do jogo decidi que ia jogar. Lógico que é aquela decisão conjunta, sabia o que o médico que me operou achava, os fisioterapeutas...só faltava minha decisão. Você sabia que poderia jogar os 90 minutos ou tinha alguma restrição?O problema dos 90 minutos seria fisicamente, mas fiz o primeiro tempo, me senti bem, vi que poderia aguentar até o momento que pediria pra sair. Mas, felizmente, consegui aguentar o jogo todo. Foi uma escolha de risco. Você tinha medo de entrar em dividida?Medo não, até porque sabia que uma semifinal de Libertadores, clássico, não iria ter dividida leve, ia ser jogo pesado. Não tive medo, estava com a cabeça tranquila. Se precisasse dividir uma bola, iria dividir. Decisão de se internar no CT foi sua ou dos médicos? Minha. Quis ficar internado e me recuperar da melhor maneira possível. O CT do Santos tinha tudo o que eu precisava. Foi um jeito de mostrar para a torcida do Santos que você não estava privilegiando só a Seleção? Não, privilegiei a mim mesmo, em cuidar do meu joelho, do meu corpo, que é o bem mais precioso que eu tenho para jogar futebol. Cuidando do meu corpo sabia que iria ajudar o Santos e a Seleção. A preparação era para o segundo jogo, mas me cuidei tanto e me esforcei muito para estar no primeiro.

Fonte: O Povo Online