sexta-feira, 27 de julho de 2012

É possível ter vida esportiva após uma Hérnia de Disco?



Quem tem ou já teve, sabe do que estamos falando. Uma crise aguda de hérnia de disco ninguém deseja nem para o pior inimigo. Dor intensa, incapacitante, muitas vezes com esses sintomas percorrendo os braços ou as pernas, indo até as mãos ou pés, respectivamente.

Quando a hérnia é na coluna lombar, qualquer movimento dói, qualquer posição se torna um sufoco. A coluna praticamente não se mexe, e quem apresenta esse quadro sente como se nunca mais fosse ter uma vida normal, menos ainda voltar a praticar atividade física.

Para explicar melhor a situação e ser simples, imaginem que o disco, que é o causador de todo o problema, é um tipo de amortecedor entre uma vértebra e outra. Ele preenche o espaço entre elas, permitindo melhores movimentos e mais conforto. Acontece que por algum motivo (degeneração do disco, movimento exagerado, sobrecarga, etc.), esse disco saiu da posição onde deveria estar (hérnia), e em muitos casos, parou em cima da raiz de um nervo importante ou foi pra dentro da medula. O resultado é dor intensa, e comprometimento de todo o nervo comprimido pelo disco herniado. O paciente às vezes chega a ser internado devido à intensidade da dor e à incapacidade que esta causa.

Mas, para alívio de quem já passou por isso, acreditem: hoje em dia, esses casos de hérnias podem ter regressão total dos sintomas para níveis iguais ao pré-lesão. E mais ainda, sem obrigatoriamente passar por uma cirurgia de coluna.

Esse “milagre” acontece devido a dois fatores. Primeiro, pela complexidade encontrada em nossos organismos, que possuem mecanismos muito avançados para que, se estimulados corretamente, possam se restabelecer por completo. Segundo, pelo grande avanço nos recursos que a fisioterapia dispõe hoje, tanto em aparelhos modernos, quanto em técnicas bem estudadas e aplicadas.

Pra ser sucinto, na fisioterapia, primeiramente tiramos o paciente da crise inicial, com terapia manual, mesas de tração de coluna e recursos analgésicos. Depois disso, vamos, passo a passo, recuperando cada movimento perdido na lesão, e fortalecendo a musculatura profunda, que estabiliza e mantém a coluna forte. O resultado, quando bem realizada, é uma coluna muito funcional de novo, sem dor, e livre para voltar a todas as atividades que eram realizadas antes da temida hérnia. 



Dr. Rafael de Barros

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