segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Linfotaping no edema após cirurgias oncoginecológicas



            As cirurgias para tratamento do câncer ginecológico, associadas a retirada dos linfonodos inguinais, podem ser responsáveis pela formação do Linfedema nos membros inferiores. O Linfedema é uma condição crônica e incapacitante, o membro inferior apresenta-se aumentado em seu volume, gerando um grande desconforto e alterando a qualidade de vida das pacientes.
            O Linfotaping, técnica derivada do Kinesiotaping, desenvolvido na década de 70 pelo quiroprata e kinesiólogo Kenzo Kase, é uma das formas de aplicação do conceito inicial, para problemas de origem circulatório-linfáticas. Através da colocação das bandagens (material de textura e elasticidade semelhante a da pele) a pele é “elevada”, desta forma os filamentos de ancoragem (que abrem os vasos linfáticos iniciais) são tracionados, permitindo a entrada de substâncias, até então congestionadas no interstício (espaço entre os tecidos abaixo da pele), para estes vasos, estimulando também a movimentação destas substâncias através de todo o sistema linfático, favorecendo a sua absorção. A técnica pode ser utilizada em cicatrizes hipertróficas, que apresentam fibroses, e também em regiões com hematomas, favorecendo rapidamente sua absorção. O paciente em uso do linfotaping pode tomar banho sem tirar a bandagem, visto que o material é resistente à água. Os pacientes podem ficam com a bandagem por 3 a 4 dias. O linfotaping oferece ótimos resultados para aqueles que apresentam Linfedema de consistência mais “dura” (com mais fibrose), amolecendo a região, facilitando a movimentação linfática. É importante colocar que o Linfotaping não substitui a Fisioterapia Descongestiva Complexa, tratamento recomendado para o linfedema, mas pode ser um excelente recurso para as mulheres que apresentam os linfedemas com consistência mais fibrótica e ainda naquelas que não toleram as bandagens compressivas.

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