segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sutiã especial para mulheres com câncer de mama reduz incômodos da radioterapia


 Cientistas do Instituto Hohenstein, na Alemanha, desenvolveram um sutiã especial para pacientes com câncer de mama.

O dispositivo, que pode ser usado durante e imediatamente após a radioterapia, reduz os efeitos colaterais do tratamento em mulheres com pele sensível.

O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer para as mulheres nos países ocidentais. 58 mil mulheres são diagnosticadas com a doença na Alemanha a cada ano. Hoje em dia 60 a 70% de todos os pacientes afetados podem receber cirurgia conservadora da mama. 

Nestes casos a terapia padrão posterior inclui várias semanas de radioterapia para destruir quaisquer células cancerígenas remanescentes no tecido mamário. Para conseguir isto, um feixe de radiação é dirigido através da pele diretamente ao tecido afetado.

Apesar dos tratamentos modernos serem mais suaves, os pacientes muitas vezes sofrem com irritações fortes na pele. Dependendo do tipo de pele também podem haver efeitos colaterais, como vermelhidão, descamação, inchaço e feridas. 

Estes efeitos secundários têm uma grande influência sobre o sucesso da terapia e a qualidade de vida dos pacientes. Qualquer atrito e constrição da pele irradiada causada pela roupa e, neste caso, especialmente por um sutiã "normal" pode, portanto, ser percebido como extremamente desconfortável e dura, muitas vezes, até meses após o tratamento. Os materiais utilizados ou as costuras podem irritar a pele e provocar dor.

Enquanto os pacientes com mamas pequenas podem ir sem sutiã, mulheres com bustos maiores precisam vestir um sutiã. O objetivo dos pesquisadores foi, portanto, desenvolver um sutiã especial para pacientes de radioterapia. 

O design, o material e a mão de obra levaram em conta o tecido mamário muito sensível, assim como a pele inflamada e também proporcionaram o melhor conforto possível para as pacientes com câncer de mama.

A equipe do projeto desenvolveu um modelo ideal com base dos dados anatômicos de pacientes com câncer de mama determinados por meio de um scanner 3D. O modelo foi então utilizado para derivar linhas de costura ótimas que pudessem satisfazer as necessidades específicas dos pacientes.

A pesquisa também analisou as propriedades sensoriais da pele aos materiais utilizados, ou seja, como os materiais são sentidos na pele. Para isso, reais situações de desgaste foram recriadas no laboratório.

Os pesquisadores descobriram que os materiais não podem ser nem muito lisos, nem muito grossos, a fim de minimizar a irritação mecânica da pele.

Segundo os pesquisadores, um maior conforto durante e após a terapia alivia as dores e melhora o bem-estar da usuária.

Fonte: isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário